JAMES ALLISON "O PRIMEIRO SIMULADOR COM PILOTO EM ESTONE"




Olá!
Querem entender por que as equipes de Fórmula 1 utilizam simuladores? Então, confiram esta entrevista com James Allinson, diretor técnico da equipe Renault-Lotus. Entrevista e imagem totalmente extraída do site oficial do piloto brasileiro na categoria Bruno Senna http://www.brunosenna.com.br/

A Lotus Renault está se preparando para instalar um novo simulador até o início da temporada de corridas em março de 2012. Aqui, James Allison fala um pouco mais sobre essa novidade.

Por que as equipes têm simuladores?
JA: As equipes têm usado simuladores por décadas. Existem muitos tipos de simulador, e são várias as finalidades de uso. Por exemplo, uma equipe pode ter uma plataforma de carga hidráulica, que é capaz de submeter uma peça a uma série de cargas que simula com precisão o peso que vai levar ao competir de verdade - neste caso, o simulador é uma forma de garantir em um ambiente controlado a maneira como a peça irá trabalhar com segurança quando estiver na corrida.

Uma equipe pode ter um tipo diferente de simulador, onde o comportamento da aerodinâmica, a suspensão, os pneus, a caixa de câmbio e o motor são perfeitamente representados na forma de uma série de equações em uma operação de computador. O mesmo computador teria um modelo matemático básico de um piloto tentando “dirigir” o carro virtual em um circuito virtual no computador para obter informações sobre o comportamento do carro durante a volta.

Este tipo de simulador (mais conhecido por “Simulador de Volta”), que tem sido usado por mais de 25 anos, é uma parte vital para preparar e otimizar a configuração do carro antes de ir para uma corrida - por exemplo, neste ambiente virtual, itens como configurações de molas e asa podem ser testados e os que produzem os melhores tempo de volta simulados são mantidos.

O tipo de simulador a que este artigo se refere é de um piloto no simulador. Sob vários aspectos, esse aparelho é semelhante ao simulador de volta descrito acima. A principal diferença é que no lugar de um modelo matemático básico, você tem um piloto real passando as informações de controle ao dirigir um carro virtual durante uma volta virtual.

Embora haja uma série de problemas ao se usar um piloto real no lugar de um modelo matemático, o piloto real tem uma capacidade de simulação que não pode se equiparar a um modelo de computador. As razões para isso são complexas, mas uma explicação simples é a seguinte: ainda não se compreende exatamente como um piloto de corridas consegue controlar o carro quando está com os pneus no limite da aderência.

Um computador é capaz de dirigir um carro virtual instável de maneira que o condutor humano não consegue. Esta diferença entre o piloto real e o modelo de computador leva o simulador de volta a cometer erros graves nos acertos recomendados sempre que os engenheiros estão tentando avaliar as mudanças na dirigibilidade do carro.

Ao usar um piloto real na simulação, a equipe é capaz de contornar a dificuldade de fornecer um modelo matemático preciso de um ser humano e o piloto no simulador pode fazer recomendações de acerto para melhorar o carro que não teria sido possível através do simulador de
volta.

E esse novo simulador irá substituir um recurso já existente, ou será totalmente novo?
JA: É um primeiro piloto de simulador desse tipo em Enstone, e a capacidade que nos trará irá complementar o conjunto de outros meios de simulação que temos usado por anos.

Quais são os fatores que devem ser considerados ao se criar um simulador?
JA: Como o simulador de voltas, tem de ser um modelo matemático que descreva acuradamente as propriedades físicas de um veículo real. Criar um simulador é uma tarefa assustadora, mas as propriedades físicas básicas do modelo são comuns aos métodos de simulação existentes. A diferença de um simulador de volta é que esse envolve a inserção de um piloto de verdade dentro da cabine.

O piloto só pode adicionar valores ao processo se o ambiente de simulação imita a realidade com precisão suficiente para que o piloto se sinta como se estivesse pilotando um carro de verdade. Por isso, o sistema tem de ser cuidadosamente desenhado para proporcionar uma representação visual muito precisa do circuito e seus ambientes. Precisa reproduzir exatamente o som de um carro real para que o piloto tenha uma dica para julgar coisas como frenagem e mudança de marchas.

Finalmente, e mais desafiador, ele precisa mover o piloto de um jeito convincente. Não é possível para um simulador reproduzir a carga da força G que um piloto de Fórmula 1 experimenta, mas é sim capaz de reproduzir aspectos particulares do movimento do carro que são muito importantes para persuadir o cérebro que o simulador é realmente como andar no circuito.

Quando o simulador ficar pronto nossos pilotos passarão todo tempo livre trabalhando duro nas simulações?
JA: Não. Eles irão pilotá-lo, mas a maior parte do tempo ele será usado durante o ano de trabalho e não é prático usar os pilotos de corrida dessa maneira. A parte principal do trabalho será conduzida por pilotos especialistas em desenvolver simuladores.

O objetivo do simulador é desenvolver o carro ou o piloto?
JA: Ele pode fazer os dois papéis. Um piloto deve usá-lo para aprender o traçado de uma nova pista ou vários aspectos da pilotagem – o procedimento de largada, por exemplo. Entretanto, a parte do leão dos benefícios será promover o desenvolvimento do carro.
FONTE: http://www.lotusrenaultgp.com/7635-James-Allison-O-primeiro-simulador.html


Comentários

GP ESTADOS UNIDOS 2024, RESUMO

CAPA DA SEMANA

CAPA DA SEMANA
REVISTA RACING

GUIA DA FÓRMULA 1 2024

RÁDIO PADDOCK COM LITO CAVALCANTI & CASSIO POLITI

RÁDIO PADDOCK COM LITO CAVALCANTI & CASSIO POLITI
#220 GP de Barcelona será o fiel da balança para o estágio de evolução das equipes

BLOG NA TV, APAIXONADO POR F-1, EDIÇÃO N° 21 : ETAPA DE RICHMOND (2024), NASCAR CUP

GP DO JAPÃO DE FÓRMULA 1, 2003, GP COMPLETO, EDIÇÃO N° 23

GP DO JAPÃO DE FÓRMULA 1, 2003, GP COMPLETO, EDIÇÃO N° 23
Clique na imagem e assista no You Tube

ARRANCADA FINAL

CINEMA NO BLOG: ARRANCADA FINAL