PEQUENO VOADOR SOFRE ACIDENTE E PRECISA DE AJUDA PARA VOLTAR A CORRER

Piloto baiano machucou a cabeça e quebrou dois dentes, além de perder capacete, macacão e carro. "Não vou parar de correr"


21.03.2012
Atualizado em 21.03.2012 - 17:25

                                   Foto: Rafael Senna
 
Acidente não abalou:"não vou parar de correr"

Rafael Sena


Piloto baiano machucou a cabeça e quebrou dois dentes, além de perder capacete, macacão e carro. "Não vou parar de correr"


21.03.2012


Atualizado em 21.03.2012 - 17:25


O pequeno voador está machucado e triste. Apelido afetuoso de Juan Manuel Araújo, piloto baiano de Kart de apenas dez anos e com destaque no cenário nacional, ele se envolveu em um acidente durante uma etapa da Copa das Confederações de Kart realizada em Vitória, no Espírito Santo, no último dia 10 de março. A competição reúne campeões e vice-campeões de cada estado.


Era um sábado de manhã, chovia e os pilotos foram obrigados a largar com pneu adequado, o que atrasou a prova. Após o sinal verde, Juan pulou de sexto para terceiro, mas o diretor da prova não percebeu que um dos carros sofreu pane e, ainda na volta de apresentação, parou na primeira curva. Assim,o choque foi inevitável. Três karts sobraram e o Pequeno Voador foi parar na grama, alçado para fora do carro com a força da batida.


"Machuquei a cabeça, coloquei um colar no pescoço e quebrei dois dentes", lamenta Juan Manuel, que visitou a redação do iBahia para contar sua história com um semblante desolador. "Menos mal que foram dois dentes de leite. Cresce de novo", diz a consoladora Mara Araújo, mãe do garoto. O pai, também Juan Manuel, que viajou com o filho e estava na arquibancada na hora do acidente, relembra os momentos de tensão. "Quando vi a batida, procurei o capacete dele entre os carros que escaparam, mas não vi. Aí já desci chorando".



O garoto está a salvo e, pelo que poderia ter sido, tudo não passou de um susto. Ele estuda no Colégio Mediterrâneo, em Vila Laura, e a recomendação médica pediu uma semana de repouso para o jovem atleta. "O médico pediu que ele não fosse à escola para não sofrer assédio dos coleguinhas, que ficaram muito preocupados", explica a mãe, que costuma viajar para as provas, mas desta vez ficou em Salvador para organizar um evento. "As pessoas me ligaram no dia e ficavam com medo de contar. Só soube o que tinha aconteceu com ele através de um piloto amigo. Na hora, eu enlouqueci".


Para o pai, o diretor da prova falhou. "Foi uma falha estúpida. Ele tinha que ter visto o carro quebrado. Não viu e, mesmo assim, deu a largada. Por que não deram bandeira amarela? Eles não tinham nem bandeira vermelha! Depois da largada, todo mundo acelera e não tem jeito de parar. Uma das crianças fraturou até o pé. Eles também não sabiam o que fazer depois do acidente. Se ele tivesse uma hemorragia interna, não sabiam para onde levar", desabafou.


Mas as lamentações terminam por aí. "Não vou parar de correr, vou continuar", diz Juan Manuel, fã do espanhol Fernando Alonso, com a determinação de um grande atleta. A corrida agora é fora da pista. Tal foi a gravidade do acidente que o capacete, o macacão e o kart do Pequeno Voador foram destruídos. O prejuízo gira em torno de dez mil reais. "Ainda no hospital, ele pediu que eu ligasse para o mecânico mandando consertar o carro dele", entrega o pai. "Ficamos tristes porque dias antes o mecânico tinha ajustado o carro. Mas agora só restou o pneu", acrescenta.


Piloto por conta própria, para desespero da família Juan Manuel, o pai, é apaixonado por Fórmula-1 e não perde um GP na tevê. Por influência dele, o filho começa a correr aos seis anos de idade, certo? "Meu sonho é que ele pare com isso, principalmente agora. Conversei com ele depois do acidente para dizer que agora chega, para ele parar, mas não tem conversa, meu filho é irredutível", desabafa. O pai conta que, quando voltava de um aniversário, o filho pediu para ver os carros no kartódromo de Lauro de Freitas, ouviu o ronco dos motores e se apaixonou. "A partir dali, já compramos capacete e macacão. Mas não achei que a coisa ficasse tão séria".


Apesar da preocupação, a família é só apoio. "Eu gosto muito do esporte, dou força mesmo. Sempre estou disposta a ajudar outros pilotos", diz a mãe. Sobre Juan, o Pequeno Voador, nem se fala. "Eu não gosto de outro esporte, gosto apenas de automobilismo. Já falei a meus pais que eu vou chegar à Fórmula-1. Vou morrer fazendo isso", conta, com brilho nos olhos. O pai chega a se assustar com a declaração, mas brinca. "Se um dia ele virar piloto de teste, peço para ele sair. É muito perigoso". Campeão baiano mirim e duas vezes vice-campeão baiano da categoria cadete, o jovem piloto agora precisa de apoio para continuar sua saga.

"Ficar sem correr é muito ruim. Meu pescoço ainda está um pouco dolorido por causa do acidente, mas se eu pudesse correria hoje mesmo. Estou muito triste", lamenta. Por enquanto, o apoio financeiro é da Artclin, empresa de material hospitalar. "Gastamos muito para as competições e sempre contamos com a ajuda dos amigos", diz o pai. A família aguarda um patrocínio prometido pelo governador Jaques Wagner para dar fôlego ao orçamento e readquirir novos equipamentos. Ele também deve representar o Vitória nas próximas competições, por iniciativa do clube. Afinal, o Pequeno Voador não dará descanso até se ver de novo alinhado em um grid.

Se você quiser ajudar Juan Manuel, aí vão os dados bancários para depósito. A família agradece

Bradesco Conta Poupança
Agência - 0232
Conta - 1005012-0
Em nome de Juan Manuel Araújo Rocha

Fonte: Correio da Bahia http://www.correio24horas.com.br/



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