F-1 1972 - EMERSON FITTIPALDI, CAMPEÃO F1 - HISTÓRIAS DO CIRCO DA F-1, EDIÇÃO Nº 6
"Histórias do Circo da F-1", traz em sua sexta edição uma importante passagem da categoria no esporte a motor que influenciou os dirigentes da F-1, a ter provas aqui no Brasil e de ser atualmente um dos mais tradicionais cenários da categoria atualmente, com a realização do GP Brasil.
O ano é 1972 (fui longe hem), GP da Itália (10/9/72), circuito de Monza, o piloto brasileiro Emerson Fittipaldi corria pela equipe Lotus (preto e dourado) lutava pelo seu primeiro título de Campeão. Emerson era favorito, tinha 52 pontos no campeonato, faltavam três provas para o fim da temporada. Jackie Stewart e Hulme, - ambos com 27 pontos tinham chances matemáticas.
Mas o que deveria ser um poço de tranquilidade para Emerson, acabou sendo um desafio de fé e controle emocional para não por tudo a perder. A carreta que transportava a Lotus do brasileiro sofrera uma acidente e foi peça de F-1 para tudo que é canto, sem contar que o carro titular do brasileiro não teve condições de disputar a corrida.
Colin Chapman, proprietário do time, havia deixado uma carreta com um carro reserva na fronteira com a França (Chapman tinha medo da justiça italiana confiscar seus carros, em função do processo que sofria pelo acidente que vitimou Rindt dois anos antes).
Emerson e Chapman viviam seus dramas, o carro reserva não aceitava muito bem os ajustes para o final de semana da prova. E agora, o que fazer? Para piorar, o tanque de combustível estava vazando gasolina (isso que é sorte, viu). A troca levaria em torno de uma hora, porém o tempo era ouro, e os mecânicos teriam que fazer em trinta minutos, pois bem, eles fizeram em 20 (risos).
A nove voltas do encerramento (total de 55) Emerson liderava a provasó precisava levar o carro (todo remendado) ao final da prova, como dizia o Emerson, foram as nove voltas mais longas de sua carreira. Ao fim da prova, Chapman comemorava com o boné na mão, a torcida ia a loucura.
No Brasil, quem estava ouvindo a rádio Jovem Pan, podia sentir a emoção do narrador da prova: "Emerson Fittipaldi,Campeão Mundial de F1!" Agora adivinhem quem era o narrador? O pai do Emerson, o Barão Fittipaldi!
Emerson se tornava o mais jovem (25 anos) Campeão Mundial de F-1, que pertencia ao escocês Jim Clark. Emerson perderia esse título somente em 2005 para Fernando Alonso (24 anos).
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