ENTREVISTA COM GERHARD BERGER
Olá amigos (as) do blog!
O nosso quadro ' Entrevistas' está de volta e para comemorar o retorno do mesmo, fui buscar nos meus arquivos pessoais uma curta entrevista com o ex-piloto austríaco e ex-chefe de equipe Gerhard Berger (Toro Rosso). A mesma foi concedida no ano de 1996, nesta temporada ele era piloto da equipe Benetton (em 2002 passou a se chamar Renault F1 ). A revista a qual foi concedida a entrevista é a Quatro Rodas do mês de agosto, por Lemyr Martins.
Até o momento da entrevista Berger acumulava nove vitórias e nenhum título, tinha 189 GPs (até o GP da França), estava com 37 anos e até o ano de 1995 era piloto da Ferrari e dizia que ficaria na F-1 até o ano 2000. Um ano depois de conceder a entrevista o piloto encerraria a carreira no final da temporada de 1997 pela mesma Benetton.
Quatro Rodas - O que mudou na troca da Ferrari pela Benetton?
Berger - (sorrindo) A cor do carro. De vermelho para azul.
Quatro Rodas - E qual combina mais com você?
Berger - O estilo técnico e a forma de trabalhar são diferentes. A Ferrari é italiana e a Benetton inglesa, na filosofia e na prática. Prefiro os ingleses. Eles são mais detalhistas.
Quatro Rodas - Na Benetton, você pode representar os títulos de Schumacher?
Berger - Não se pode fazer essa comparação. Tudo mudou e os carros da Benetton tiveram vários problemas de confiabilidade.
Quatro Rodas - Você queria polemizar quando declarou que a F1 era um teatro de comédias?
Berger - A F1 não é só um teatro. Trata-se de um grande espetáculo e serve de laboratório de desenvolvimento dos automóveis.
Quatro Rodas - A F1 perdeu o interesse com a morte do Ayrton Senna?
Berger - Na F1, um piloto se vai e outros chegam, mas a categoria está sempre crescendo.
Quatro Rodas - Qual a sua opinião sobre o aumento de dezesseis GPs para dezoito ou vinte em 1997 e a redução dos treinos de classificação?
Berger - Não apoio o aumento do calendário. Estamos bem com dezesseis corridas. Quanto à extinção da classificação de sexta-feira, o prejuízo foi maior. Não temos mais transmissões ao vivo e os jornalistas são os primeiros tapeados.Não sabem se os tempos marcados foram com o tanque cheio, pneus novos ou usados.
Quatro Rodas - Procedem os rumores sobre a sua retirada da F-1 em 1997?
Berger - Tenho um contrato com a Benetton por dois anos. Acho que vou ficar mais uns cinco
Fonte: Revista Quatro Rodas - agosto de 1996
Um abraço!!!
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