ENTREVISTA - KELLY JONES: UMA DAMA NOS BOXES



Galera, estava eu futucando meu acervo automobilístico e me deparei com uma pequena entrevista de uma revista especializada em corridas de carros. Sinceramente não lembro o nome da mesma, apenas, creio eu, que seja do ano de 1997 (edição).

E o que chamou minha atenção foi que a entrevista foi dada por uma mulher, isso mesmo, uma mulher. Se hoje em dia elas ainda são vistas com preconceito no meio do automobilismo, imagine isso 18 anos atrás. Apesar que as pessoas já aceitam mulheres no automobilismo, é só ver a equipe Sauber (que tem uma mulher como chefe de equipe). O entrevistador pergunta para ela se o fato de ela ser mulher já causou algum incomodo. Ela respondeu que as vezes as pessoas olhavam esquisito para ela (imagine os lances que já não pegou, hem), mas, com o tempo as pessoas acabavam acostumando e respeitando o seu tabalho.

Daí decidi trazer esse bate papo para nosso quadro: "Entrevista". As informações que aqui estarei disponibilizando são da época da entrevista, ok!

Kelly Jones, 29 anos, publicitária. Começou no automobilismo em 1987, com o jornalista Francisco Santos. Trabalhou com Rubens Barrichello, mas com a ida do Rubinho para a Europa ela se afastou do automobilismo por uns anos. Retornou em 1996 com o kartismo, onde chefia uma equipe de kart (Kart Performance). Ela sonha que seus pilotos cheguem na F-3000  ou na F-Cart.

Como foi o trabalho com o Rubinho?
Kelly - Quando o Dinho (irmão do Reginaldo Leme) me convidou para ajudá-lo, o patrocínio da Arisco estava meio balançado, porque o Binho (Rubinho) só aparecia nas páginas de esportes, mas os produtos são comprados por mulheres. Eu coloquei nas páginas de veículos femininos e programas como Hebe, Gugu, Mulheres em Desfile e Rádios AM. Deu certo!

O fato de você ser mulher, em um meio dominado por homens já lhe causou algum problema?
Kelly - Ás vezes, me olhavam meio esquisito, por que o circo do automobilismo é muito masculino. Mas com o tempo, mostrando um bom trabalho, qualquer um ganha respeito. Hoje em dia eu já tenho isso e ser mulher só me traz vantagem.

Como é chefiar equipe? 
Kelly - É difícil, tem uma série de detalhes que precisam ser vistos, como equipamento, o estado psicológico dos pilotos e as particularidades de cada corrida. Eu também corro atrás de patrocinadores e de retorno para eles.

Que tipo de retorno?
Kelly - Faço assessoria de imprensa para a equipe e tenho planejado algumas ações de marketing para divulgação das marcas, através dos veículos especializados na área.

A sua equipe já tem patrocínio?
Kelly - Tem a AG club, a MG Pneus e a Texaco.

Porque é tão difícil arrumar patrocínio para kart?
Kelly - As empresas não levam a sério o kartismo. Nas reuniões, sinto que os diretores pensam que tudo não passa de uma brincadeira. Em geral a verba vem porque tem alguém da família na empresa ou o pai é dono. Por isso dizem que a categoria é de gente rica. Sem contar que existe muita "política" entre os pilotos, as fábricas e o regulamento.
Daí ninguém precisa mesmo trabalhar para fazer aparecerem patrocínios.

Você já ganha dinheiro com o kartismo?
Kelly - Ainda não, faço outras coisas completamente diferentes: tenho buffet de comida intercontinental, sub-edito livros para a Editora Cultura e presto assessoria de marketing para pequenas empresas.


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