ENTREVISTA COM RUBENS BARRICHELLO

Gente do céu, olhem só que eu encontrei perdido em meus arquivos, uma entrevista com Rubens Barrichello em 2000 quando pilotava para a Ferrari. Entrevista esta cedida a Revista Speedway após completar seis meses (metade da temporada) como piloto e companheiro de Michael Schumacher. Vale a pena conferir.


Speedway - Qual é o balanço que você faz dessa primeira metade de ano pela Ferrari?


Barrichello - Meu balanço é positivo. Se não fossem os problemas de Silverstone e de Interlagos, teria 16 pontos a mais no campeonato, no mínimo. Então, estou realmente tranquilo. Para um primeiro ano está bom. Estou ansioso para o resto da temporada.


Speedway - Quais são os maiores diferenciais em trabalhar para uma equipe grande?


Barrichello - Eu estou passando meus primeiros momentos em uma equipe grande, vivendo mudanças que nunca aconteceram em minha vida. Então, apesar de meus sete anos de Fórmula 1, estou aprendendo dentro desta equipe. Nas pistas onde normalmente ando bem, tenho que tentar ir melhor.


Speedway - Você pode dar um exemplo dessa diferença em trabalhar para uma equipe como a Ferrari?


Barrichello - Existem coisas em um time grande que você testa muito mais do que com um time pequeno. As pessoas podem pensar: "O Rubinho tem sete anos de experiência e ele deveria saber disso." Não. Tem coisa que um time pequeno não faz. Eu não posso detalhar essas coisas. Em Mônaco, por exemplo, a Ferrari mudou um detalhe para ajudar a saída de frente. Quando isso foi feito, ajudou o Michael e piorou para mim. Ele foi pole e eu larguei em sexto. Mas foi uma decisão boa, que tinha que ser feita, que tinha que ser tentada.


Speedway - O fato de o carro ter sido construído para o Michael Schumacher chegou a te prejudicar?


Barrichello - O carro realmente é feito nos moldes do Schumacher. Mas me adaptei muito bem e venho conseguindo um desempenho favorável. Eu consigo realmente trabalhar muito bem, meu estado de espírito e meu estado mental estão muito fortes. O objetivo é sempre melhorar para o futuro.


Speedway - Como você reage as críticas que vêm do Brasil, estas musiquinhas, piadinhas?


Barrichello - Eu acho que, de uma certa forma, o público inteiro está do meu lado. Eu vou para o Brasil e sou aplaudido, recebo palavras de carinho.Eu não vejo uma pessoas brincar maldosamente comigo. Não vejo mesmo. Sei que a audiência das corridas está subindo, que as pessoas estão acompanhando as provas pelas rádios... Então, desculpe falar, mas acho que as críticas partem muito mais da imprensa do que do próprio público. Os brasileiros sabem que estou numa equipe campeã, mas que o Schumacher é uma encrenca, porque é um cara que anda muito rápido. No Brasil, leio coisas que não saem em outros lugares do mundo. É muito mais a mídia tentando fazer críticas e brincadeiras do que algo propriamente do público que acompanha as corridas. Tem muita gente achando que o meu desempenho não está bom. Eu acho que não.


Speedway - O fato de você não ter vencido nessa primeira metade do campeonato do ano chega a te abalar de alguma forma?


Barrichello - Não. A minha vida tem sido muito assim : positivo em cima de positivo. Você tem que ser uma pessoa positiva, pra cima, e achar que amanhã pode ser sempre melhor.

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